Câncer de intestino: qual sua importância e o que precisamos saber?

O câncer de intestino, também chamado de câncer colorretal, é o tumor maligno (que tem o potencial de se espalhar para outros órgãos) que surge no intestino grosso, no reto, ou no ânus. Este tumor é mais comum após os 50 anos de idade, e atualmente, é o terceiro câncer com maior incidência no Brasil, sendo responsável pelo surgimento de, aproximadamente, 40.000 novos casos ao ano. Felizmente, é uma doença que possui prevenção e tratamento, podendo ser curativo em mais de 95% dos casos, quando diagnóstico precocemente.

Em sua fase inicial, o câncer de intestino não provoca sintomas. No entanto, à medida que a doença se desenvolve, o paciente pode apresentar: sangue nas fezes, alteração do hábito intestinal, dor ou desconforto abdominal, fraqueza e anemia, perda de peso sem causa aparente e alteração na forma das fezes. Embora esses sintomas sejam frequentemente relacionados a outras doenças, uma avaliação médica cuidadosa é essencial para excluir a possibilidade de um câncer.

Existem fatores de risco para o surgimento do câncer de intestino e eles devem ser bem conhecidos pela população para serem evitados. Os principais são: a idade igual ou acima de 50 anos, o excesso de peso, o consumo de carnes processadas (salsicha, mortadela, linguiça, presunto, bacon, salame, entre outros), a ingestão excessiva de carne vermelha (acima de 500 gramas por semana), a história familiar de câncer de intestino, o tabagismo, o consumo de bebidas alcoólicas, a presença de doenças inflamatórias intestinais, e exposição a radiação ionizante.

A boa notícia é que é possível prevenir o câncer de intestino, e certos comportamentos devem ser fortemente incentivados. A atividade física de forma rotineira, a alimentação rica em fibras (frutas, vegetais e grãos) e pobre em gorduras animais, não fumar e evitar o consumo de bebidas alcoólicas são atitudes fundamentais para evitar essa neoplasia.

Outra maneira de prevenção extremamente importante, é a realização da colonoscopia para a detecção precoce e tratamento de pólipos intestinais. Como a maioria dos tumores intestinais surgem a partir de pólipos (pequenas lesões semelhantes a verrugas que podem surgir no intestino), a remoção destes pólipos intestinais reduz a incidência deste câncer.

Além disso, o diagnóstico precoce do câncer colorretal aumenta a eficiência do tratamento diminuindo as complicações desta doença e aumentando as chances de cura. Considerando tal fato, o rastreamento do câncer intestinal está indicado para homens e mulheres a partir dos 45 anos, e pode ser realizado através de um dos seguintes exames: colonoscopia, colonoscopia virtual, retossigmoidoscopia ou pesquisa de sangue oculto nas fezes. A colonoscopia é o método mais recomendado pois permite, simultaneamente, a avaliação detalhada de todo o cólon e a realização de biópsia e do tratamento se necessário.

O câncer colorretal é tratável e o seu sucesso depende, principalmente, do tamanho, localização e extensão do tumor no momento do diagnóstico. A doença em sua fase inicial possui mais de 95% de chance de cura. A escolha do tratamento é individualizada e pode ser realizado através de cirurgia, radioterapia, quimioterapia ou uma combinação destas.

O coloproctologista é um especialista capacitado para realizar a prevenção, o diagnóstico e o tratamento do câncer de intestino. Para encontrar um coloproctologista perto de você, acesse o site da Sociedade Brasileira de Coloproctologia (sbcp.org.br) ou da Sociedade Mineira de Coloproctologia (smcoloprocto.com).